3 de out. de 2009

Mais uma borboleta na minha vida

Estou extremamente apaixonada pelo Butterfly dos Hollies. Confesso que quando ouvi a banda pela primeira vez - isso deve ter sido lá pelo início de 2003, quando estava me aventurando pelo mundo dos tesouros sessentistas e/ou psicodélicos - o som não me agradou muito. E acredito que tenha sido algo da fase British Invasion. Precisou passar esse tempo todo pra eu finalmente baixar algo de novo e gostar. É louco esse lance que tenho com certas bandas e certos sons. Como, por exemplo, o primeiro disco dos Electric Prunes, I Had Too Much to Dream. Em 2004 quando baixei pela primeira vez achei um saco, tanto que só dei atenção mesmo pra música título. Ano passado, na gana por ouvir coisas diferentes, resolvi baixar de novo e não é que curti demais? Ouvi todas as músicas com atenção e hoje é um dos discos que na minha opinião é essencial na coleção de qualquer pessoa que como eu, morre por qualquer banda vinda da década de 60. Voltando aos Hollies, Butterfly é demais. Tem letras fofinhas e melodias bonitinhas, mas também tem o experimentalismo com sons mais indianos no melhor estilo georgeharrisoniano, e letras bem transcendentais, como Maker e Try It. Sabe aquele disco que você fica pensando 'Como fui feliz se nunca tinha ouvido isso antes?' É bem assim. Tem muita coisa que costumo dizer 'Você nunca foi realmente feliz se não leu/viu/ouviu tal coisa' e Butterfly figura nessa minha enorme listinha.

É incrível como 67/68 foram dois anos repletos de discos bons. Parece que o mundo da música, junto com o resto de tudo no planeta nos anos 60, se reprogramou totalmente e todo mundo, mesmo os artistas folk, começaram a experimentar com pegadas mais lisérgicas ou então total flower power. Todo mundo em sã consciência (se é que isso foi possível no final da década de 60, alguém estar em sã consciência) lançou pelo menos um disco psicodélico ou viajou total no mundo do baroque pop. Posso passar a noite inteira citando discos de rock psicodélico/baroque pop sem nunca cansar. Aliás, aquela coleção 1001... podia ter um lance especial só pra rock psicodélico/baroque pop. Com a gama de bandas que apareceram nos anos 60 dava pra compilar 1001 fácil, fácil. Eu me voluntario pra ajudar a escrever! E pra quem está se iniciando no mundo technicolor das lisergias, deixo abaixo uma lista com os discos essenciais. Além da maravilha sonora, dá pra viajar nas artes das capas, então have fun!

P.S.: Lembrando que essa é a minha lista, então lógico que ficaram faltando coisas óbvias como Janis, Jimi Hendrix, Cream e afins, mas essa é a minha listinha essencial e garanto que quem ouvir vai curtir muito. Os discos do Small Faces e Les Fleur de Lys são compilações. O do LFDL na verdade é tudo já gravado pela banda, já que eles não possuem um disco oficial de estúdio.


P.S. 2: Passando o mouse por cima de cada imagem você tem a descrição do disco e o link para o Rate Your Music com as informações essenciais como faixas, popularidade, etc.


The Hollies - Butterfly (1967)Blossom Toes - We Are Ever So Clean (1967)The Seeds - A Web Of Sound (1966)The Zombies - Odessey And Oracle (1968)The Chocolate Watch Band - The Inner Mystique (1968)13th Floor Elevators - The Psychedelic Sounds Of... (1966)The United States Of America - The United States Of America (1968)The Amboy Dukes - Journey To The Center Of The Mind (1968)The Blues Magoos - Psychedelic Lollipop (1966)The Move - The Move (1968)The Lollipop Shoppe - Just Colour (1968)The Electric Prunes - I Had Too Much To Dream (1967)The Standells - Dirty Water (1966)The Small Faces - From The Beginning (1967)Billy Nicholls - Would You Believe (1968)Les Fleur De Lys - Reflections (1996)Love - Da Capo (1967)The Yardbirds - Roger The Engineer (1966)Gandalf - Gandalf (1968)Strawberry Alarm Clock - Incense And Peppermints (1967)Jefferson Airplane - After Bathing At Baxter's (1967)Pink Floyd - The Piper At The Gates Of Dawn (1967)The Who - Sell Out (1967)The Doors - Waiting For The Sun (1968)The Beatles - Magical Mystery Tour (1967)