20 de dez. de 2006

A tia e o seu sobrinho

Parte 1

Tia: Miguel, olha o que a tia tem! (A tia mostra uma gaita.)
Miguel: O.O (O sobrinho pega a gaita da mão da tia e tenta tocar.)
Tia: Tem que virar a gaita do outro lado pra tocar.
Miguel: o.O (Vira a gaita do outro lado e fica fazendo barulhinho com a boca, fingindo tocar.)
Tia: Tem que assoprar.
Miguel: O.o (O sobrinho assopra na gaita tentando tirar algum som.)
Tia: Agora assopra mas com ela na boca.
Miguel: :) (O sobrinho começa a assoprar a gaita do jeito certo, feliz por tirar som dela.)
Tia orgulhosa: Esse é o meu sobrinho!


Parte 2

Tia: Olha, Miguel, vamos tocar violão!
Miguel pronuncia violão do jeito errado: O.O
Tia: Toca uma música pra tia!
Miguel começa a socar as cordas do violão e canta uma música da Xuxa com palavras impronunciáveis.
Tia: Agora faz assim! (A tia começa a fazer um headbang. Miguel faz headbang junto.Agora, diz 'roooock!' (A tia faz o sinal do rock.)
Miguel faz o sinal do rock todo torto e diz: 'Óóóqui!'
Tia orgulhosa: Esse é o meu sobrinho!

16 de dez. de 2006

Janis. Janis Joplin.

'Women is losers.
well, I know you must have heard it all,
and everywhere
men always seem to end up on top.

Oh, if they told you they want you
they'll come around by your door.
whoa I say they'll hurt you, they'll desert you,
they'll leave you and never be here for more.'

A Janis é mesmo muito foda. Todo aquele sentimento colocado nas músicas dela, toda aquela solidão, todo aquele desespero... No final, pensando bem, tudo se resume a encontrar alguém pra amar. Pena ela ter morrido sem ter encontrado alguém bom o suficiente pra ela. Mas talvez as composições dela mudassem e toda aquela coisa passional se perderia... Ela provavelmente passaria a escrever sobre coisas cotidianas como o Bob Dylan faz e ninguém conseguiria pensar nela cantando sobre algo que não fosse a dor de não ter alguém pra amar. Acho que é por isso que amo tanto essa mulher. Porque enquanto todo mundo estava cantando sobre flores e 'Diga não à guerra do Vietnã', enquanto o Hendrix botava fogo no palco, enquanto todo mundo chapava pra esquecer que o mundo era uma merda, ela chorava por seus amores perdidos sem vergonha de nada. E cantava como nenhuma outra cantora branca jamais conseguiu: com todo o soul que apenas as cantoras negras da Motown conseguiam.

14 de dez. de 2006

Me sinto uma psicóloga

Dos meus amigos. Sempre dou os melhores conselhos, mas quando o assunto é eu mesma colocá-los em prática, é até ridículo. Acho que sou o melhor exemplo do 'faça o que eu digo mas não faça o que faço.'

10 de dez. de 2006

Queria mesmo entender

Porque certas situações têm que acontecer pra desencadear outras. Coisas que começam como algo sem intenção nenhuma e de repente acabam se tornando algo muito diferente daquilo que se esperava. De repente muda tudo e você se vê um tanto quanto confuso e se perguntando se era mesmo pra algumas coisas terem acontecido porque já estavam escritas no seu destino ou se foram meras coincidências que desencadearam certas associações dentro da sua cabeça. A vida é esquisita demais. Uma hora está tudo tão bom, você sabe que está tudo tão claro ao seu redor, tudo faz sentido e você sente uma confiança inabalável. Aí, algo acontece e você descobre que na verdade não é nada disso; sua vulnerabilidade vem à tona e você fica pensando que não é justo certas coisas acontecerem, se pergunta se é algum teste do destino pra ver se você é forte pra continuar sua evolução. E acaba sem resposta porque esse tipo de coisa ninguém consegue ainda responder com certeza.

20 de out. de 2006

Dois patinhos na lagoa

É estranho estar chegando aos 22. Estranho porque quando eu tinha 15, ficava imaginando como seria estar na casa dos vinte: que aparência eu teria? Como seria a vida, estaria terminando a faculdade? Estaria trabalhando com o que gosto? Teria eu arranjado o grande amor da minha vida? Será que eu teria os mesmos gostos? E os amigos, continuariam os mesmos?

Eu não arranjei o grande amor da minha vida. Meus gostos não mudaram muito, passei a ouvir mais coisas diferentes. Os anos 60, por exemplo, passaram a ter uma grande importância pra mim, mas o Oasis ainda figura entre as bandas favoritas. Já os amigos, esses mudaram bastante. Eu ainda encontro com o ex-colegas de colegial mas é de vez em nunca. Conheci um monte de pessoas novas, algumas ainda mantenho contato. Quanto à aparência, é melhor nem entrar em detalhes. Cabelo resume.

E é assim, 22 anos nas costas e mais responsabilidade e contas pra pagar. Só o meu sonho juvenil de montar uma banda que ainda não se concretizou. Por detalhes insignificantes, should I say, mas eu ainda monto minha banda de rock new wave, com polainas coloridas, pessoas loucas e engraçadas, milhares de fãs e inúmeros hits. Eu canto bem, juro. 

Ah, e voltando, feliz aniversário pra mim, porra, porque eu mereço.

Música: Mickey, da Tony Basil
Por que? Porque é uma música foda pra ouvir e pular muito. Viva os anos 80!