6 de jun. de 2013

Melody Prochet, minha mais nova musa psicodélica



Em maio me apresentaram Melody's Echo Chamber. Foi um amor instantâneo, exatamente como quando ouvi Broadcast pela primeira vez. Em abril também me mostraram o Tame Impala, que surtiu um certo efeito por um tempo, mas eventualmente minha atenção foi toda para a Melody.

Achei muito legal pensar que em meio a tanta coisa igual, de repente aparece uma moça que é multi-instrumentista e toca músicas que parecem ter vindo direto dos anos 60. Se ela tivesse começado o projeto em 2002, quando eu só respirava bandas psicodélicas, provavelmente minha vida se resumiria à Melody, assim como minha vida se resumiu ao Broadcast em 2001. E as duas bandas até parecem um pouco sonoramente. O lance é que o Broadcast era experimental antes de ser vintage, e a Melody é o contrário.

Gostei dela porque além do reverb, das distorções e das letras, a voz dela é angelical. Eu precisava de mais alguém pra completar minha lista de cantoras com vozes angelicais, que hoje consiste na Trish Keenan, na Dorothy Moskowitz e na Melody Prochet. A voz dela é linda demais. As músicas servem de trilha sonora pra viagens interiores onde só coisas boas são permitidas. É a trilha perfeita pra devanear. E o eco na voz dela torna a coisa ainda mais sonhadora. É muito transcendental ouvir o disco dela nesses momentos de devaneio bom. Recomendo.

No mais, o mundo inteiro deveria ouvir o disco da Melody repetidamente até viajar para lugares coloridos.

Original, porque, né.